"Me perdoa por todo mal que te fiz.
Por todas as vezes que recusei seus convites de ir ao cinema, todas as vezes que não retornei suas mensagens e ligações, todas as vezes que fui rude contigo.
Me sinto meio perdida agora. Nunca tinha me ocorrido de desejar quem, um dia na vida, já esnobei.
E tem hora que me bate um medo, porque parece que pra você tanto faz, agora. Como se tudo aquilo que você sentia por mim até uns meses atrás tivesse se diluído pelo simples fato de ter surgido interesse da minha parte.
Eu sinto falta de nós dois na escada do meu prédio. Do meu telefone tocar e eu ver teu nome no visor. Sinto falta do teu jeito de me olhar, como espectador. Sempre esperando meu próximo furo, minha próxima mancada. Como se, a qualquer momento, eu pudesse te ferir de novo, te apunhalar pelas costas. Sinto falta da tua mão grande, me fazendo o carinho mais delicado. Do teu interesse nas besteiras do meu cotidiano, da tua preocupação com as minhas aventuras. Do teu beijo e do teu telefone que nunca parava de tocar.
Esse texto é uma forma de te pedir perdão.
Perdão por tudo que te fiz.
Parece que já é tarde pra recuperarmos aquele tempo perdido. Parece que já é tarde pra que eu mude de idéia. Mas acho que ainda dá tempo de te pedir desculpas. "
Natália Carneiro
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