sábado, 24 de abril de 2010

Como agir no meio de um mar de lama


"Se você tiver dinheiro e tempo para viajar,suma. Se você não tiver dinheiro nem coragem para viajar, suma. A cama é um lugar quente. Quando você tiver vontade de viajar mas não tiver tempo, viaje por um dia com os seus amigos. E não precisa ser para um lugar para onde você precise pegar estrada. Viaje na maionese mesmo. Invente histórias e surte.Se no meio da sua viagem você der de cara com pessoas que te lembrem que você está envolvida em um mar de lama, tome um táxi e volte para casa. Trilha sonora para ouvir no táxi, se você tiver um i pod, The world is full of crashing bores, do Morrisey. Tradução livre: o mundo está cheio de babacas perigosos.Pensamento para ter na cabeça: até o mar da lama passa. Quando você não acreditar que o mar de lama passa: rua, amigos, rua, amigos. E não venha com essa de que lama faz bem para a pele. Faz nada! Mar de lama não faz bem para nada. Sim, às vezes a vida é cruel.

O que falar em público que tenha a ver com a rede de fofocas: nada. Absolutamente nada.O que falar em casa sozinha que tenha a ver com o mar de fofocas . Nada. Absolutamente nada. As paredes têm ouvidos.O que fazer se você achar que está virando um ser paranóico: Nada. Absolutamente nada. Talvez um pouco de paranóia caia bem numa mente tão bobinha. Não se ofenda por ser bobinha, se você não fosse bobinha não estaria envolvida em um mar de lama. Em quem confiar quando você está envolvida em um mar de lama: quatro amigos, uma analista e dois gatos de estimação.
Que recordação guardar de um mar de fofocas: nenhuma. Absolutamente nenhuma. Mas como você não vai conseguir esquecer tudo, que não seja nenhum trauma. Nenhum trauma grave que te faça, por exemplo, perder a inspiração (e a necessidade)de escrever."


Nina Lemos

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