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"Não dá mais pra negar que eu to mesmo gostando de você. Gostando de você de forma absurda. É inconcebível eu gostar de alguém tão sem virtudes e princípios. Alguém que me vê como um delicioso prato de picanha com farofa. Eu não consigo acreditar, nem lembrar quando isso passou a acontecer dentro de mim. Mas aconteceu. Apesar da minha vergonha de admitir, eu estou muito apaixonada por você. Só que eu não tenho o que fazer. Por você eu fico aqui sentada assistindo ao teu desfile, aplaudindo cada sorriso amarelo. Mas eu não tenho o seu humor-negro, nem sua falta de respeito pelas pessoas.
Eu queria sim, te fazer a pessoa mais feliz que o mundo já viu. Ver teu sorriso todas as horas do dia. Cuidar de você e te ajudar a cuidar de todo o resto que lhe diga respeito. Te ajudar a dar algum caminho digno à tua vida e até te aconselhar quando visse que você tava sem saída. Mas acho que você é bom demais pra precisar assim, de mim. Muito auto-suficiente.
Quando eu me sinto só, eu sinto falta de alguém. Alguém que meu corpo reclama que é você, meu olfato clama por você, meu calor pede pra te ter. Eu peço por você. Eu chego a querer te implorar um abraço, um beijo carinhoso, um meio minuto que seja de análise. Me analise, e no final enumere os motivos de não dar certo. Eu posso te apresentar uma página deles. Uma página de motivos pra provar que você não me merece, que eu não mereço tão pouco. E mesmo com todos os motivos do mundo, todas as provas incontestáveis e todas as merdas que você me fala todos os dias eu continuo na mesma situação. Eu não admito que gosto de você e, não admitindo, não me empenho pra esquecer.
Sem problemas, uma hora ou outra eu te esqueço mesmo. Se foi assim com todos os outros, não é com você que vai ser diferente."
Natália Carneiro
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