"Quando quiseres me amar não escolhas tempo nem lugar.
Quando chegares, diremos baixinho
o soneto de todos os amantes.
Faremos de nossos dedos
demiurgos recriando a noite,
em régua e compasso transformaremos nossas mãos.
Inventaremos uma geometria do amor:
procuraremos a linha reta de nossos olhares,
apararemos as arestas de nossos corpos,
em quinas e ângulos uniremos nossas bocas,
e num ponto qualquer fixaremos o azulado das manhãs.
Quando quiseres me amar,
não escolhas tempo nem lugar.
Deixarei a porta aberta,
a casa limpa, uma saudade te esperando em cada canto."
Carlos A. Jales
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
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