terça-feira, 29 de junho de 2010
segunda-feira, 28 de junho de 2010
PROPAGANDA DO AMOR OU AMOR DE PROPAGANDA
"Há casais contra qualquer ostentação. Não realizam propaganda do seu amor. Não narram vantagens, não se elogiam em público, não descrevem o que ele ou ela preparou de especial na noite anterior, não geram ciúme, muito menos inveja entre os amigos. Não se derramam em abraços de aeroporto em cada esquina.
São os casais ideais, certo? Talvez durem para sempre, o que não traduz perfeição.
Não há como ser feliz sem merchandising do que se está vivendo. Sem morder a língua. Sem fofoca. Sem contar um pouco mais. É pensar e divulgar.
O amor é público, desde quando se estendeu a mão pela primeira vez com muito nervosismo para andar na rua com ela.
Não existe como disfarçar. Sensibilidade controlada é indiferença.
Um dos graves traumas afetivos é a falta de amor pelo amor.
Os pares se amam, mas estão descontentes por amar. Não desejavam estar amando. É um amor contrariado, um amor dissidente. Como uma maldição: Por que foi acontecer comigo logo agora?
É como se a companhia não fosse apropriada. Ou que não devia ter surgido naquele momento, é bem capaz de atrapalhar os negócios ou a vontade de viajar e de ser livre. Ou porque é diferente e não responde automaticamente. Perderemos tempo, perderemos a agilidade que tanto nos caracterizava.
Não se enxergam abençoados, e sim traídos pelo destino. Não tratam de alardear seu relacionamento como um feriado de sol. Por receio ou insegurança, não se orgulham da companhia. Nunca falarão: estou com quem sonhei, é perfeito para mim.
Não identificam que já têm o mais complicado, que o restante é simples: um cartão, um torpedo, uma cartinha, uma lembrança, um prato predileto, um capricho, um colo.
Amam ao mesmo tempo em que odeiam. Amam ser, odeiam estar. Por aquilo que a convivência exige, pelo mal-estar de uma conversa truncada, pelo ciúme passivo e sempre existente, pela necessidade de telefonar e de se apaziguar, pela dependência ruidosa e ávida.
Quem ama alguém, mas odeia o amor não terá paciência. Entrará num clima de cobrança permanente, de suspeita irremediável. Conhece como o par fica irritado e trata de testar os limites. Não agrada para criar contrariedade e arrecadar sinais do fim. Quer se livrar do amor, não do outro, mas o amor está no outro que acaba pagando a conta.
Não consegue se separar, tampouco se entrega verdadeiramente.
Quando está em paz, enlouquece. Quando está estressado, age com distração e depois reclama da cobrança. Ou cobra a cobrança. Ou antecipa a cobrança que não viria. A briga está condicionada a uma postura catastrófica. Mobilizado a provar que não tem mais jeito. Em vez de elogiar, reclama. Em vez de se declarar, ironiza. Em vez de confiar, pragueja.
A mulher pode amá-lo, o homem pode amá-la, só que ambos não amam o próprio sentimento. Cada um não se ama por amar. Não basta amá-la, tem que se amar por amá-la. Não basta amá-lo, tem que se amar por amá-lo.
Mas a reflexão não termina por aqui. Caso contraiu piedade do que não ama o amor, há ainda um tipo mais terrível: aquele que ama o amor, mas não ama seu parceiro. Ama seu modo de amar e não aceita mais nada. Faz o amor de propaganda, que é o contrário de fazer propaganda do amor. Experimenta um delírio romântico. Tudo o que o outro oferece não é do jeito conhecido, portanto não serve. Alimenta uma insatisfação constante, autoritária, como um diretor que recusa o improviso de seus atores e manda repetir a cena. Não reconhece os gestos mais naturais e singelos. Sufoca o que vive de fato pela pressa de um cartão-postal. Funciona na base do escândalo: da serenata na janela, da Kombi do aniversário, dos presentes imensos e das provas vistosas. Será insaciável, pressionando para receber o que somente ele imaginou (e nunca confessou).
É um desalmado da privacidade, um amante genérico, porque ama demais a si para amar quem quer que seja."
Fabricio Carpinejar
São os casais ideais, certo? Talvez durem para sempre, o que não traduz perfeição.
Não há como ser feliz sem merchandising do que se está vivendo. Sem morder a língua. Sem fofoca. Sem contar um pouco mais. É pensar e divulgar.
O amor é público, desde quando se estendeu a mão pela primeira vez com muito nervosismo para andar na rua com ela.
Não existe como disfarçar. Sensibilidade controlada é indiferença.
Um dos graves traumas afetivos é a falta de amor pelo amor.
Os pares se amam, mas estão descontentes por amar. Não desejavam estar amando. É um amor contrariado, um amor dissidente. Como uma maldição: Por que foi acontecer comigo logo agora?
É como se a companhia não fosse apropriada. Ou que não devia ter surgido naquele momento, é bem capaz de atrapalhar os negócios ou a vontade de viajar e de ser livre. Ou porque é diferente e não responde automaticamente. Perderemos tempo, perderemos a agilidade que tanto nos caracterizava.
Não se enxergam abençoados, e sim traídos pelo destino. Não tratam de alardear seu relacionamento como um feriado de sol. Por receio ou insegurança, não se orgulham da companhia. Nunca falarão: estou com quem sonhei, é perfeito para mim.
Não identificam que já têm o mais complicado, que o restante é simples: um cartão, um torpedo, uma cartinha, uma lembrança, um prato predileto, um capricho, um colo.
Amam ao mesmo tempo em que odeiam. Amam ser, odeiam estar. Por aquilo que a convivência exige, pelo mal-estar de uma conversa truncada, pelo ciúme passivo e sempre existente, pela necessidade de telefonar e de se apaziguar, pela dependência ruidosa e ávida.
Quem ama alguém, mas odeia o amor não terá paciência. Entrará num clima de cobrança permanente, de suspeita irremediável. Conhece como o par fica irritado e trata de testar os limites. Não agrada para criar contrariedade e arrecadar sinais do fim. Quer se livrar do amor, não do outro, mas o amor está no outro que acaba pagando a conta.
Não consegue se separar, tampouco se entrega verdadeiramente.
Quando está em paz, enlouquece. Quando está estressado, age com distração e depois reclama da cobrança. Ou cobra a cobrança. Ou antecipa a cobrança que não viria. A briga está condicionada a uma postura catastrófica. Mobilizado a provar que não tem mais jeito. Em vez de elogiar, reclama. Em vez de se declarar, ironiza. Em vez de confiar, pragueja.
A mulher pode amá-lo, o homem pode amá-la, só que ambos não amam o próprio sentimento. Cada um não se ama por amar. Não basta amá-la, tem que se amar por amá-la. Não basta amá-lo, tem que se amar por amá-lo.
Mas a reflexão não termina por aqui. Caso contraiu piedade do que não ama o amor, há ainda um tipo mais terrível: aquele que ama o amor, mas não ama seu parceiro. Ama seu modo de amar e não aceita mais nada. Faz o amor de propaganda, que é o contrário de fazer propaganda do amor. Experimenta um delírio romântico. Tudo o que o outro oferece não é do jeito conhecido, portanto não serve. Alimenta uma insatisfação constante, autoritária, como um diretor que recusa o improviso de seus atores e manda repetir a cena. Não reconhece os gestos mais naturais e singelos. Sufoca o que vive de fato pela pressa de um cartão-postal. Funciona na base do escândalo: da serenata na janela, da Kombi do aniversário, dos presentes imensos e das provas vistosas. Será insaciável, pressionando para receber o que somente ele imaginou (e nunca confessou).
É um desalmado da privacidade, um amante genérico, porque ama demais a si para amar quem quer que seja."
Fabricio Carpinejar
AUMENTE SUA DELICADEZA ATÉ 28cm
"O que leva o homem à impotência é o cuidado.
O que leva a mulher à frigidez é o cuidado.
O excesso de cuidado. Cuidado demais ataca.
Nunca vi uma mulher ou um homem gostar sem criticar.
O embaraço do sexo não decorre da ausência de intimidade, mas da intimidade. E da cobrança que vem com ela. Mais fácil gozar com estranhos.
Depois de partilhar meses e cadernos de jornal com nosso par, abandonamos o elogio. Passamos a cobrar e expor os defeitos para que sejam corrigidos. É o cigarro, é a alimentação, é a distração, é o pouco caso com o dinheiro, é a indeterminação do trabalho, é a preguiça. A convivência traz a preocupação com o namorado ou a namorada e uma esquisita vontade de interferir. Entre conhecer e mandar, é um passo. Ou um tropeço. As mais duras agressões não provocam hematomas, ocorrem em nome da sinceridade.
O amor é confundido com pancadaria. Um teste de resistência. Uma prova de esgotamento nervoso. Se o outro não quer, que vá embora, que desista do prêmio maior que é a confiança.
Há uma visão sádica que não ajuda nem o masoquista. Falta medida. Falta parar e recomeçar o namoro. Falta esquecer e perceber que o próprio passado não é imutável, não existe certo ou errado, que nem tudo por isso é duvidoso.
A eficácia mata o erotismo. O aproveitamento total do tempo do relacionamento não colabora com a vaidade. Custa um agrado antes de transar? Uma meia-luz de palavras?
Não estou pedindo para mentir, muito menos fingir, mas falar um pouco bem para acordar os ouvidos e despertar o interesse.
No início, os joelhos são venerados, os ombros recebem moldura de madeira, os cabelos são alisados com a decência de um espelho. As expressões afetuosas vão e voltam, repetidas com diferentes timbres. Todo homem no começo é, ao mesmo tempo, um tenor, um barítono e um baixo. Toda mulher no começo é, ao mesmo tempo, uma soprano, uma mezzo e uma contralto. Dependendo da região que toca, a voz muda.
Com a relação firmada, a excitação torna-se automática. O corpo tem que pegar no tranco.
A devassidão é trocada pela devassa terapêutica. Desculpa e por favor saem de moda. Como existe o trabalho, a casa, o dia seguinte e terminou a paixão (e somente os apaixonados são sobrenaturais e não sentem cansaço), o sexo pode ser mais prático, mais direto, pode até não ser. Na cama, estaremos falando dos problemas, das contas, do que deve ser mudado na personalidade. Não encontraremos paciência diante do relógio. Não vamos procurar cheirar a pele para atrair o beijo.
Eu compreendo perfeitamente quando um homem broxa se a cada instante é lembrado de sua barriga. Eu compreendo perfeitamente quando uma mulher decide dormir quando sua lingerie nova não foi reparada.
Nunca acusamos quem a gente não conhece.
Julgamos infelizmente quem vive nos absolvendo. "
Fabricio Carpinejar
O que leva a mulher à frigidez é o cuidado.
O excesso de cuidado. Cuidado demais ataca.
Nunca vi uma mulher ou um homem gostar sem criticar.
O embaraço do sexo não decorre da ausência de intimidade, mas da intimidade. E da cobrança que vem com ela. Mais fácil gozar com estranhos.
Depois de partilhar meses e cadernos de jornal com nosso par, abandonamos o elogio. Passamos a cobrar e expor os defeitos para que sejam corrigidos. É o cigarro, é a alimentação, é a distração, é o pouco caso com o dinheiro, é a indeterminação do trabalho, é a preguiça. A convivência traz a preocupação com o namorado ou a namorada e uma esquisita vontade de interferir. Entre conhecer e mandar, é um passo. Ou um tropeço. As mais duras agressões não provocam hematomas, ocorrem em nome da sinceridade.
O amor é confundido com pancadaria. Um teste de resistência. Uma prova de esgotamento nervoso. Se o outro não quer, que vá embora, que desista do prêmio maior que é a confiança.
Há uma visão sádica que não ajuda nem o masoquista. Falta medida. Falta parar e recomeçar o namoro. Falta esquecer e perceber que o próprio passado não é imutável, não existe certo ou errado, que nem tudo por isso é duvidoso.
A eficácia mata o erotismo. O aproveitamento total do tempo do relacionamento não colabora com a vaidade. Custa um agrado antes de transar? Uma meia-luz de palavras?
Não estou pedindo para mentir, muito menos fingir, mas falar um pouco bem para acordar os ouvidos e despertar o interesse.
No início, os joelhos são venerados, os ombros recebem moldura de madeira, os cabelos são alisados com a decência de um espelho. As expressões afetuosas vão e voltam, repetidas com diferentes timbres. Todo homem no começo é, ao mesmo tempo, um tenor, um barítono e um baixo. Toda mulher no começo é, ao mesmo tempo, uma soprano, uma mezzo e uma contralto. Dependendo da região que toca, a voz muda.
Com a relação firmada, a excitação torna-se automática. O corpo tem que pegar no tranco.
A devassidão é trocada pela devassa terapêutica. Desculpa e por favor saem de moda. Como existe o trabalho, a casa, o dia seguinte e terminou a paixão (e somente os apaixonados são sobrenaturais e não sentem cansaço), o sexo pode ser mais prático, mais direto, pode até não ser. Na cama, estaremos falando dos problemas, das contas, do que deve ser mudado na personalidade. Não encontraremos paciência diante do relógio. Não vamos procurar cheirar a pele para atrair o beijo.
Eu compreendo perfeitamente quando um homem broxa se a cada instante é lembrado de sua barriga. Eu compreendo perfeitamente quando uma mulher decide dormir quando sua lingerie nova não foi reparada.
Nunca acusamos quem a gente não conhece.
Julgamos infelizmente quem vive nos absolvendo. "
Fabricio Carpinejar
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sexta-feira, 25 de junho de 2010
É proibido
"É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.
É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,
Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos
Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,
Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,
Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,
Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se
desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,
Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,
Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar a felicidade,
Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual."
Pablo Neruda
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.
É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,
Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos
Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,
Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,
Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,
Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se
desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,
Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,
Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar a felicidade,
Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual."
Pablo Neruda
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Bom dia Amor
"Por favor, não me analise
Não fique procurando
cada ponto fraco meu
Se ninguém resiste a uma análise
profunda, quanto mais eu!
Ciumenta, exigente, insegura, carente
toda cheia de marcas que a vida deixou:
Veja em cada exigência
um grito de carência,
um pedido de amor!
Amor, amor é síntese,
uma integração de dados: não há que tirar nem pôr.
Não me corte em fatias,
(ninguém abraça um pedaço),
me envolva todo em seus braços
E eu serei perfeita, amor!"
Mirthes Mathias
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Poeminha Amoroso
tão meigo, tão terno, tão teu...
É uma oferenda aos teus momentos
de luta e de brisa e de céu...
E eu, quero te servir a poesia
numa concha azul do mar ou numa cesta de flores do campo.
Talvez tu possas entender o meu amor.
Mas se isso não acontecer,
não importa.
Já está declarado e estampado
nas linhas e entrelinhas
deste pequeno poema,
o verso;
o tão famoso e inesperado verso que
te deixará pasmo, surpreso, perplexo...
eu te amo, perdoa-me, eu te amo... "
Cora Coralina
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Poema à boca fechada
"Não direi:
Que o silêncio me sufoca e amordaça.
Calado estou, calado ficarei,
Pois que a língua que falo é de outra raça.
Palavras consumidas se acumulam,
Se represam, cisterna de águas mortas,
Ácidas mágoas em limos transformadas,
Vaza de fundo em que há raízes tortas.
Não direi:
Que nem sequer o esforço de as dizer merecem,
Palavras que não digam quanto sei
Neste retiro em que me não conhecem.
Nem só lodos se arrastam, nem só lamas,
Nem só animais bóiam, mortos, medos,
Túrgidos frutos em cachos se entrelaçam
No negro poço de onde sobem dedos.
Só direi,
Crispadamente recolhido e mudo,
Que quem se cala quando me calei
Não poderá morrer sem dizer tudo."
José Saramago
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segunda-feira, 21 de junho de 2010
Efervescências
"Acordar ao seu lado, esse eterno amanhecer por dentro, um sol interno tão aceso, essa alegria gratuita. E existe algo em nós que é tão recíproco cúmplice e intenso. Dos nossos olhares que dizem tanto sobre tudo silenciosamente. Um movimento de corpo que é tão ao encontro o tempo todo. Da compreensão e paciência a que nos dedicamos diariamente. E o amor que permeia tanta poesia, e a poesia que se entrega inteira pras palavras que querem dizer do abraço. Seu corpo tão moldado ao meu, natureza líquida de água e jarro. Você me conduzindo à fonte de todas as coisas, lá onde o desejo se origina. E nada míngua com o passar do tempo e mesmo acreditando não ter mais espaço, cresce, flui, se imensa clareando o que era escuro e frio.Cada vez mais e mais eu preciso dizer do amor. Dessa ternura delicada. Cada vez mais o amor sendo a melhor experiência. Cada vez mais eu percebendo que se nada no mundo é definitivo, nossa história eu sei perene. Uma primavera inaugurada a cada dia. E mesmo que nada possa ser eterno, mesmo que o “pra sempre” não exista, eu sei que vou seguir te amando, pelo menos, pelos próximos 99 invernos.
(E se ainda eu não consigo explicar você pra mim, eu simplesmente aceito e agradeço.)"
Marla de Queiroz
(E se ainda eu não consigo explicar você pra mim, eu simplesmente aceito e agradeço.)"
Marla de Queiroz
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Marla Queiroz
Oi Pessoal!!!
Fiquei muito feliz hoje, porque recebi uma surpresa da Hannah, um selinho!!!! (http://hannahmayria.blogspot.com/).
Valew!!!! Adoro o seu Blog tb!!!!
Bjs!!
Existem três regras:
1- Aceitar exibir a imagem;
2- Linkar o blg do qual recebeu o prêmio;
3 - Escolher 15 blogs para entregar o Prêmio Dardos
Escolhi 10 que sigo e visito sempre!!!
1 - "Já tive muitos critérios, hoje só vários delírios"
2 - "Morango e Estrelas"
3 - "Amar-te-ei até o tédio"
4 - "As incessantes dúvidas da vida"
5 - "Escrevo Palavras e Choro Poemas"
6 - "Essencialmente Palavras..."
7 - "Poesias"
8 - "Respingos do cotidiano"
9 - "transFLORmar-la"
10 - "Verônica H."
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selinhos
sexta-feira, 18 de junho de 2010
"...abrirmos a cabeça, para que afinal floresça o mais que humano em nós."
O começo sempre será difícil. Conhecer o novo, sair da zona de conforto e de segurança. Ir além, ir após. Começar é uma tortura para chegar em algo que será extramente ótimo ou não. Começar é dar o primeiro passo, não vacilar. Começar é abrir a janela de manhã, respirar bem fundo e saber que daqui meio minuto os abençoados problemas do dia irão surgir. Começar é trocar o pão pelo biscoito, o frito pelo assado, descobrir o gosto da rúcula aos 23. Começar é saber que cebolas são disfarces para quem tem vergonha do choro, e que as piadas sem graça é a desculpa de quem a tem como o único motivo para o riso. Amores virão depois das paixões, palavras certas sempre virão depois das erradas, a resposta certa virá quando o ato errado foi cometido, televisões novas estragam e garantias são perca de tempo, o telefonema mais esperado irá chegar enquanto estamos tomando banho com o rádio no último volume, as cartas não chegam, nem os e-mails, nem a esperança, as taças caras quebram como os copos de extrato de tomate, analfabetos ganham o país e poemas de Alice Ruiz passam sem aclamação. Começar pode ser aos 17. Pode ser aos 30. Pode ser aos 85. Começar pode ser ao som de Marvin Gaye ou no apaixonar de Chico. Debaixo de uma mangueira, debaixo de uma chuva torrencial. Começar em Porto Alegre, pousar em Curitiba, recomeçar na Avenida Paulista, dormir no braços de Cristo e “passar uma tarde em Itapuã, ao sol que arde em Itapuã, ouvindo o mar de Itapuã...”. Começar é de repente perceber que já se está na metade do caminho. Começar é dar mais valor ao tempo que temos e descobrir como é uma tortura o tempo que não temos. Começar é dar possibilidade de que alguma coisa aconteça aqui ou em Amsterdã. O beijo é o começo do amor. O amor é o começo do plano. O plano é o começo do caos. O caos é o começo da família. A família é o começo dos herdeiros. Os herdeiros são o começo do futuro. E o futuro já não é mais tão perto e nem tão para a gente. O futuro, aparentemente é o fim que nos espera. Espera para começar.
Cáh Morandi
Cáh Morandi
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Só numa multidão de amores
"Eles não estavam trocando juras de amor, não andavam de mãos dadas, nem se chamavam por nomes infantis. Não tinha pieguice romântica ali. Mas foi a cena mais doce que eu vi: dois olhares se encontrando. Não só se encontrando: se confortando, se sabendo, se completando. Eu notei que eles eram algo além de amigos, que se desejavam e se protegiam, e foi só pela cumplicidade dos olhos, que deixavam de ser dois e se enlaçavam quatro.
Eu quis então ter um olhar pra mim. Não alguém pra chamar de meu, como diz o clichê, como grita a conveniência, mas um olhar que fosse meu por puro encaixe. Foi um pouco de inveja, talvez. Eu soube naquelas duas pessoas que elas não se sentiam sozinhas ou perdidas. Que mesmo depois de um dia cheio e chato, tinham uma certeza de carinho. E eu quis. Quis algo além da rotina do trabalho e gente fabricada com seus narizes perfeitos e cabelos penteados. Quis algo certo como o frio na barriga e a respiração travada, o coração esquecendo de bater. Quis algo errado que me fizesse bem só por escapar do caminho óbvio de toda noite. Uma espera no fim do dia, sabe? Essa espera. Não a espera de uma vida toda sem saber o que buscar pra ser feliz. Só sair do dia igual pra ter uma noite diferente. E tornar esse diferente comum só porque é bom estar perto.
Todo o amor que eu sufoquei por excesso de razão agora grita, escapa, transborda. Estou só numa multidão de amores, assim como Dylan Thomas, assim como Maysa, assim como milhões de pessoas; assim como a multidão de amores está só, em si. Demonstro minha fragilidade, meu desamparo. Eu não procuro alguém pra pentencer e ter posse, só quero uma fonte segura de amor que não dependa das obrigações, das falas decoradas, dos scripts prontos. Eu sei que eu abri mão de várias oportunidades. Sei que fiz pouco caso do amor que me entregaram de maneira pura e gratuita, só porque eu achava que podia encontrar coisa melhor. Se as pessoas estão sempre indo e vindo, eu só queria alguém minimamente eterno em sua duração, que me fizesse parar de achar normal essa história de perder as pessoas pela vida.
Vou embora querendo alguém que me diga pra ficar. Estou sempre de partida, malas feitas, portas trancadas, chave em punho. No fundo eu quero dizer "Me impede de ir. Fica parado na minha frente e fala que eu tenho lugar por aqui, que não preciso abandonar tudo cada vez que a solidão me derruba. Me ajuda a levar a vida menos a sério, porque é só vida, afinal." E acabo calada, porque não faz sentido dizer tudo isso sem ter pra quem.
Eu não quero viver como se sobrevivesse a cada dia que passo sozinha. Não quero andar como se procurasse meu complemento em cada olhar vago. Eu acho que mereço mais que isso por tudo o que eu sei que posso fazer por alguém. E fico só esperando, na surpresa do dia que eu desencanar de esperar, um par de olhos que me faça ficar sem nenhuma palavra, nada além de dois olhos se enlaçando quatro. Nessa multidão de amores, sozinho é aquele que não espera. "
Verônica H.
Eu quis então ter um olhar pra mim. Não alguém pra chamar de meu, como diz o clichê, como grita a conveniência, mas um olhar que fosse meu por puro encaixe. Foi um pouco de inveja, talvez. Eu soube naquelas duas pessoas que elas não se sentiam sozinhas ou perdidas. Que mesmo depois de um dia cheio e chato, tinham uma certeza de carinho. E eu quis. Quis algo além da rotina do trabalho e gente fabricada com seus narizes perfeitos e cabelos penteados. Quis algo certo como o frio na barriga e a respiração travada, o coração esquecendo de bater. Quis algo errado que me fizesse bem só por escapar do caminho óbvio de toda noite. Uma espera no fim do dia, sabe? Essa espera. Não a espera de uma vida toda sem saber o que buscar pra ser feliz. Só sair do dia igual pra ter uma noite diferente. E tornar esse diferente comum só porque é bom estar perto.
Todo o amor que eu sufoquei por excesso de razão agora grita, escapa, transborda. Estou só numa multidão de amores, assim como Dylan Thomas, assim como Maysa, assim como milhões de pessoas; assim como a multidão de amores está só, em si. Demonstro minha fragilidade, meu desamparo. Eu não procuro alguém pra pentencer e ter posse, só quero uma fonte segura de amor que não dependa das obrigações, das falas decoradas, dos scripts prontos. Eu sei que eu abri mão de várias oportunidades. Sei que fiz pouco caso do amor que me entregaram de maneira pura e gratuita, só porque eu achava que podia encontrar coisa melhor. Se as pessoas estão sempre indo e vindo, eu só queria alguém minimamente eterno em sua duração, que me fizesse parar de achar normal essa história de perder as pessoas pela vida.
Vou embora querendo alguém que me diga pra ficar. Estou sempre de partida, malas feitas, portas trancadas, chave em punho. No fundo eu quero dizer "Me impede de ir. Fica parado na minha frente e fala que eu tenho lugar por aqui, que não preciso abandonar tudo cada vez que a solidão me derruba. Me ajuda a levar a vida menos a sério, porque é só vida, afinal." E acabo calada, porque não faz sentido dizer tudo isso sem ter pra quem.
Eu não quero viver como se sobrevivesse a cada dia que passo sozinha. Não quero andar como se procurasse meu complemento em cada olhar vago. Eu acho que mereço mais que isso por tudo o que eu sei que posso fazer por alguém. E fico só esperando, na surpresa do dia que eu desencanar de esperar, um par de olhos que me faça ficar sem nenhuma palavra, nada além de dois olhos se enlaçando quatro. Nessa multidão de amores, sozinho é aquele que não espera. "
Verônica H.
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Cada um no seu passado
"Passado é uma merda. Você começa a namorar e o passado do cidadão vem junto. É aquela melhor amiga que já foi pegueti dele um dia e agora frequenta a casa dele e convida ele pras baladas. É aquela prima que ele passou a vida inteira babando nela e de repente começa a dar bola pra ele (e você, óbvio, não tem direito de sentir ciúme de “prima”). É aquela ex-namorada que morou junto na mesma casa e dormia na mesma cama que hoje você dorme. É aquela cama, inclusive, pra onde ele levava uma mulher diferente toda semana, em que você vai ter que dormir. É aquele monte de merda que o cidadão te contava que fazia. É com isso que você vai te que conviver agora.
Ter um relacionamento, seja ele qual for, não é fácil. Ter um passado, seja ele qual for, é inevitável. Tem gente que traz um final de casamento mal resolvido. Tem gente que traz uma penca de filhos. Tem gente que traz uma ex-namorada que não sai da cola. Tem gente que traz filho que nem sabia que tinha e que aparece dez anos depois. Tem gente que traz traumas de relacionamentos antigos. Tem gente que traz medos. Decepções. E mágoas.
O passado deveria servir pra trazer aprendizado. Experiências positivas. Esperança. E ficar pra trás. O passado não deveria ser uma mala que você carrega a viagem inteira. Tudo que se vive é válido. É lindo (algumas vezes). Mas é passado. Serviu como experiência, mas passou. Passado.
Tem gente que não consegue simplesmente deixar ir. Eu tenho amiga que ainda liga pro ex-namorado depois de três anos que terminaram. O pobre coitado do sujeito já explicou mil vezes que tá namorando com outra, que vai se casar e ela não se toca. Tenho outra que coleciona namorados. Namora com um, mas continua de rolo com os ex, pelo simples fato de não conseguir largar o osso. E nisso, já está no terceiro namorado fatorial.
Seria muito bom que você pudesse interagir com alguém como se nenhuma das partes tivesse vivido experiências boas ou ruins. Como se fossem uma página em branco. Mas não é assim que funciona. Você e todo mundo têm uma memória interna. Um HD onde a gente vai salvando as coisas, deletando umas e outras por descuido – ou por querer – pra caber mais coisas de novo. E nesse HD a gente guarda tudo, desde que a gente nasceu. Pra isso serve essa memória interna. Porque é lá onde as coisas que passaram devem permanecer. Nas lembranças. Quando o passado começa a brigar com o presente, é porque alguma coisa está errada. Fora de lugar. Um deles está invadindo o espaço do outro. Seu passado é só seu. O passado do outro é só do outro. E, se esse passado não foi vivido junto no seu devido tempo, não tem porque ser vivido junto no presente."
Brena Braz
Ter um relacionamento, seja ele qual for, não é fácil. Ter um passado, seja ele qual for, é inevitável. Tem gente que traz um final de casamento mal resolvido. Tem gente que traz uma penca de filhos. Tem gente que traz uma ex-namorada que não sai da cola. Tem gente que traz filho que nem sabia que tinha e que aparece dez anos depois. Tem gente que traz traumas de relacionamentos antigos. Tem gente que traz medos. Decepções. E mágoas.
O passado deveria servir pra trazer aprendizado. Experiências positivas. Esperança. E ficar pra trás. O passado não deveria ser uma mala que você carrega a viagem inteira. Tudo que se vive é válido. É lindo (algumas vezes). Mas é passado. Serviu como experiência, mas passou. Passado.
Tem gente que não consegue simplesmente deixar ir. Eu tenho amiga que ainda liga pro ex-namorado depois de três anos que terminaram. O pobre coitado do sujeito já explicou mil vezes que tá namorando com outra, que vai se casar e ela não se toca. Tenho outra que coleciona namorados. Namora com um, mas continua de rolo com os ex, pelo simples fato de não conseguir largar o osso. E nisso, já está no terceiro namorado fatorial.
Seria muito bom que você pudesse interagir com alguém como se nenhuma das partes tivesse vivido experiências boas ou ruins. Como se fossem uma página em branco. Mas não é assim que funciona. Você e todo mundo têm uma memória interna. Um HD onde a gente vai salvando as coisas, deletando umas e outras por descuido – ou por querer – pra caber mais coisas de novo. E nesse HD a gente guarda tudo, desde que a gente nasceu. Pra isso serve essa memória interna. Porque é lá onde as coisas que passaram devem permanecer. Nas lembranças. Quando o passado começa a brigar com o presente, é porque alguma coisa está errada. Fora de lugar. Um deles está invadindo o espaço do outro. Seu passado é só seu. O passado do outro é só do outro. E, se esse passado não foi vivido junto no seu devido tempo, não tem porque ser vivido junto no presente."
Brena Braz
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sábado, 5 de junho de 2010
Amem!
"Tomara que os olhos de inverno das circunstâncias mais doídas não sejam capazes de encobrir por muito tempo os nossos olhos de sol. Que toda vez que o nosso coração se resfriar à beça, e a respiração se fizer áspera demais, a gente possa descobrir maneiras para cuidar dele com o carinho todo que ele merece. Que lá no fundo mais fundo do mais fundo abismo nos reste sempre uma brecha qualquer, ínfima, tímida, para ver também um bocadinho de céu. Tomara que os nossos enganos mais devastadores não nos roubem o entusiasmo para semear de novo. Que a lembrança dos pés feridos quando, valentes, descalçamos os sentimentos, não nos tire a coragem de sentir confiança. Que sempre que doer muito, os cansaços da gente encontrem um lugar de paz para descansar na varanda mais calma da nossa mente. Que o medo exista, porque ele existe, mas que não tenha tamanho para ceifar o nosso amor. Tomara que a gente não desista de ser quem é por nada nem ninguém deste mundo. Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso. Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades sejam impermanentes. Que friagem nenhuma seja capaz de encabular o nosso calor mais bonito. Que, mesmo quando estivermos doendo, não percamos de vista nem de sonho a ideia da alegria. Tomara que apesar dos apesares todos, dos pesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão de se sentir feliz. Tomara. "
Ana Jácomo.
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Perfeitinhas? Não!
"Tenho horror a mulher perfeitinha.Sabe aquele tipo que faz escova toda manhã, tá sempre na moda e é tão sorridente que parece garota-propaganda de processo de clareamento dentário? E, só pra piorar, tem a bunda dura!? Pois então, mulheres assim são um porre. Pior: são brochantes. Sou louco? Então tá, mas posso provar a minha tese. Quer ver?
a - ESCOVA TODA MANHÃ: A fulana acorda as seis da matina pra deixar o cabelo parecido com o da Patrícia de Sabrit. Perde momentos imprescindíveis de rolamento na cama, encoxamento do namorado, pegação, pra encaixar- se no Padrão "Alisabel é que é legal". Burra.
b - NA MODA: Estilo pessoal, pra ela, é o que aparece nos anúncios da Elle do mês. Você vê-la de shortinho, camiseta surrada e cabelo preso? JAMAIS. O que indica uma coisa: ela não vai querer ficar"desarrumada" nem enquanto tiver transando. É capaz até de fazer pose em busca do melhor ângulo perante o espelho do quarto. Credo.
Ailin Aleixo
a - ESCOVA TODA MANHÃ: A fulana acorda as seis da matina pra deixar o cabelo parecido com o da Patrícia de Sabrit. Perde momentos imprescindíveis de rolamento na cama, encoxamento do namorado, pegação, pra encaixar- se no Padrão "Alisabel é que é legal". Burra.
b - NA MODA: Estilo pessoal, pra ela, é o que aparece nos anúncios da Elle do mês. Você vê-la de shortinho, camiseta surrada e cabelo preso? JAMAIS. O que indica uma coisa: ela não vai querer ficar"desarrumada" nem enquanto tiver transando. É capaz até de fazer pose em busca do melhor ângulo perante o espelho do quarto. Credo.
c - SORRISO INCESSANTE: Ela mora na vila do Smurfs? Tá fazendo treinamento pra Hebe? Sou antipática com orgulho - só sorrio para quem provoca meu sorriso. Não gostou? Problema seu. Isso se chama autenticidade, meu caro. Coisa que, pra perfeitinha, não existe. Aliás ela nem sabe o que a palavra significa, coitada.
d - BUNDA DURA: As muito gostosas são muito chatas. Pra manter aquele corpão, comem alface e tomam isotônico (isso quando não enfiam o dedo na garganta pra se livrar das 2 calorias que ingeriram), portanto não vão acompanhá-lo nos pasteizinhos nem na porção de bolinho de arroz do sabadão. Bebida dá barriga e ela tem HORROR a qualquer carninha saindo da calça de cintura tão baixa que o cós acaba onde começa a pornografia: nada de tomar um bom vinho com você. Cerveja? Esquece! Melhor convidar o Jorjão.Pois é, ela é um tesão. Mas não curte sexo porque desglamouriza, se veste feito um manequim de vitrine do Iguatemi, acha inadmissível você apalpar a bunda dela em público, nunca toma porre e só sabe contar até quinze, que é até onde chega a seqüência de bíceps e tríceps. Que beleza de mulher. E você reparou naquela bunda? Meu Deus... Legal mesmo é mulher de verdade. E daí se ela tem celulite? O senso de humor compensa. Pode ter uns quilinhos a mais, mas é uma ótima companheira de bebedeira. Pode até ser meio mal educada quando você larga a cueca no meio da sala, mas adora sexo. Porque celulite, gordurinhas e desorganização têm solução (e, às vezes, nem chegam a ser um problema). Mas ainda não criaram um remédio pra futilidade."
Ailin Aleixo
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Tentar
Se vai tentar
siga em frente.
Senão, nem começe!
Isso pode significar perder namoradas
esposas, família, trabalho...e talvez a cabeça.
Pode significar ficar sem comer por dias,
Pode significar congelar em um parque,
Pode significar cadeia,
Pode significar caçoadas, desolação...
A desolação é o presente
O resto é uma prova de sua paciência,
do quanto realmente quis fazer
E farei, apesar do menosprezo
E será melhor que qualquer coisa que possa imaginar.
Se vai tentar,
Vá em frente.
Não há outro sentimento como este
Ficará sozinho com os Deuses
E as noites serão quentes
Levará a vida com um sorriso perfeito
É a única coisa que vale a pena.
Charles Bukowski
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quarta-feira, 2 de junho de 2010
Não se come uma mulher...
"Não sou adepto de enxergar o mundo como se fosse a primeira vez, muito menos enxergar o mundo como a última vez. Não caio na conversa fiada de estréia e de despedida. Despedir não é terminar - é procurar iniciar de um jeito diferente. Sou homem do durante. Do meio. Do decorrer. Nada contra quem pensa o contrário, mas é um pouco de soberba inaugurar ou fechar o mundo.
Quando se ama uma mulher, é preciso a safadeza, a vontade sem pudor, o desejo diabólico, a tara. Não se conter, não se represar. A ânsia, a violência e a obsessão são permitidas. Mas tudo será grosseria desacompanhada da pureza. Pureza é autenticidade. Não fingir, não disfarçar, não dizer o que não está sentindo. Já ouvi muito que sexo não é seguir a cabeça e deixar as coisas aconteceram. Sexo seria não pensar. Não concordo, sexo não é inconseqüência, é conseqüência da gentileza. Conseqüência de ouvir o sussurro, de ser educado com o sussurro e permanecer sussurrando. Perder o pudor, não perder o respeito. Perder a timidez, não perder o cuidado.
Sexo é pensar, como que não? E fazer o corpo entender a pronúncia mais do que compreender a palavra. Como se não houvesse outra chance de ser feliz. Não a derradeira chance, e sim a chance.
Uma mulher está sempre iniciando o seu corpo. Toda a noite é um outro início. Toda a noite é um outro homem ainda que seja o mesmo. Não se transa com uma mulher pela repetição. Seu prazer não está aprendendo a ler. Seu prazer escreve - e nem sempre num idioma conhecido.
Ela pode ficar excitada com uma frase. Não é colocando de repente a mão na coxa. Ela pode ficar excitada com uma música ou com uma expressão do rosto. Não é colocando a mão na sua blusa. Mulher é hesitação, é véspera, é apuro do ouvido.
Antever que aquelas costas evoluem nas mãos como um giz de cera. Reparar que a boca incha com os beijos, que o pescoço não tem linha divisória com os seios, que a cintura é uma escada em espiral.
É comum o homem, ao encontrar sua satisfação, recorrer a uma fórmula. Depois de sucesso na intimidade, acredita que toda mulher terá igual cartografia, igual trepidação. Se mordiscar os mamilos deu certo com uma, lá vai ele tentar de novo no futuro. Se brincou de chamá-la de puta, repete a fantasia interminavelmente. Assim o homem não vê a mulher, vê as mulheres e escurece a nudez junto do quarto.
Amar não é uma regra, e sim onde a regra se quebra.
Não se come uma mulher, ela é que se devora."
Fabricio Carpinejar
Quando se ama uma mulher, é preciso a safadeza, a vontade sem pudor, o desejo diabólico, a tara. Não se conter, não se represar. A ânsia, a violência e a obsessão são permitidas. Mas tudo será grosseria desacompanhada da pureza. Pureza é autenticidade. Não fingir, não disfarçar, não dizer o que não está sentindo. Já ouvi muito que sexo não é seguir a cabeça e deixar as coisas aconteceram. Sexo seria não pensar. Não concordo, sexo não é inconseqüência, é conseqüência da gentileza. Conseqüência de ouvir o sussurro, de ser educado com o sussurro e permanecer sussurrando. Perder o pudor, não perder o respeito. Perder a timidez, não perder o cuidado.
Sexo é pensar, como que não? E fazer o corpo entender a pronúncia mais do que compreender a palavra. Como se não houvesse outra chance de ser feliz. Não a derradeira chance, e sim a chance.
Uma mulher está sempre iniciando o seu corpo. Toda a noite é um outro início. Toda a noite é um outro homem ainda que seja o mesmo. Não se transa com uma mulher pela repetição. Seu prazer não está aprendendo a ler. Seu prazer escreve - e nem sempre num idioma conhecido.
Ela pode ficar excitada com uma frase. Não é colocando de repente a mão na coxa. Ela pode ficar excitada com uma música ou com uma expressão do rosto. Não é colocando a mão na sua blusa. Mulher é hesitação, é véspera, é apuro do ouvido.
Antever que aquelas costas evoluem nas mãos como um giz de cera. Reparar que a boca incha com os beijos, que o pescoço não tem linha divisória com os seios, que a cintura é uma escada em espiral.
É comum o homem, ao encontrar sua satisfação, recorrer a uma fórmula. Depois de sucesso na intimidade, acredita que toda mulher terá igual cartografia, igual trepidação. Se mordiscar os mamilos deu certo com uma, lá vai ele tentar de novo no futuro. Se brincou de chamá-la de puta, repete a fantasia interminavelmente. Assim o homem não vê a mulher, vê as mulheres e escurece a nudez junto do quarto.
Amar não é uma regra, e sim onde a regra se quebra.
Não se come uma mulher, ela é que se devora."
Fabricio Carpinejar
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SER PESSOA: PROCESSO DE DEVOLUÇÃO
"'O desafio de ser pessoa'. O termo 'pessoa' sempre foi muito usado, principalmente pelos gregos. 'Pessoa', no contexto grego, significa a máscara que o ator usava para interpretar no teatro.
Eu tenho que ser eu. Uma pessoa só pode ser pessoa, se ela é dona de si. Nós temos que tomar posse do que somos. Quantas coisas você possui e ainda não tomou posse? O amor é a capacidade de descobrir no outro o que ele ainda não viu que tem. É como se você tivesse uma grande propriedade e não tivesse a capacidade de andar por ela para demarcá-la, e não a conhece na totalidade. Mas aos poucos vai sendo dono daquilo que já é seu.
Ser pessoa é ser dono de você mesmo, e saber lidar com seu jeito de ser, de amar, de sentir, de pensar, de ter suas limitações e saber o que você pode. Quantas vezes você se dispôs a ser o que não era, dizendo 'sim' onde era para dizer 'não'? Você não teve consciência do que não podia. É o que Jesus sempre fez com as pessoas. Fazendo-as tomarem posse do próprio território, de si mesmas. 'Eu sou dono de mim, e não abro mão'.
Quem é o 'prefeito' de sua 'cidade'? Tenha coragem de dizer aos inimigos: 'Aqui nesta cidade tem prefeito (eu), e aqui não tem lugar para os bandidos. Eu não abro mão do meu território'. E é aqui que Deus trabalha em nós para celebrar a Eucaristia, é para Deus que nos entregamos de novo. Eu sou pessoa, e me recebo de Deus o tempo todo. E Ele diz: "Cuide do que você é. Você não tem o direito de deixar as pessoas lhe roubar". E tem pessoas que te 'devolvem'. A experiência com Deus sempre diz: "Eu lhe devolvo".
Não tenha preguiça de conhecer seu 'território' e saber quem você é realmente. O total desconhecimento de si, não pode acontecer. A pessoa que não é 'pessoa', não tem assunto e sabe tudo o que acontece na vida do outro, mas não sabe de si mesma.
As pessoas que vivem preocupadas com as novelas da vida, se desgastam com pessoas que nem conhecem. Não é fácil compreender o território humano. Se investigar e conhecer o 'porquê' de algumas reações, o 'porquê' aquela raiva foi tão grande naquela hora, o 'porquê' eu explodi com aquela pessoa... É descobrir o 'porque' do afeto que tenho dentro de mim. Você deixa de ser explosiva demais quando toma posse do que é. Tudo isso porque você está em processo de construção. Deveríamos estar com placas dizendo: 'Estamos em obra, cuidado!' É o seu processo de 'feitura' de ser pessoa.
'Não tenha preguiça de conhecer seu ‘território’ e saber quem você é realmente'
Enquanto você viver haverá partes deste 'território' para conhecer. Tantas coisas nos foram entregues, mas se elas não vêm à tona, e nem as investigarmos, tudo o que temos dentro de nós fica sem uso. Quanta coisa preciosa você tem dentro de você e não sabe por quê fica só na superficialidade do conhecimento de si? Quando é que você sabe que uma pessoa se ama? Você só sabe que ela se ama quando ela se cuida, quando tem disciplina.
Que você não morra com seus valores ‘engavetados’, pois Deus lhe dá talentos para que você os use, e não para deixar guardado.
'Eu sou um dom de Deus'. Todos os dias há alguma coisa para você ir atrás e descobrir. Você se recebe de Deus, Ele que me deu esta obra todos os dias. Temos que ser bom naquilo que a gente faz para nos colocarmos à serviço dos que necessitam. Uma pessoa só é pessoa quando se disponibiliza aos outros. Aquilo que recebo de Deus coloco à disposição dos outros. E nisso temos a integração de uma personalidade saudável.
Ser pessoa não é só contemplar o que sou e tenho de melhor, mas ser pessoa é descobrir e cultivar o que tenho de melhor para que outros sejam beneficiados. Como Jesus fazia o tempo todo em sua capacidade de se doar e ensinar, é preciso se doar também. É necessário tomar cuidado para outra pessoa não tomar posse do que você é, pois a partir daí você não terá mais domínio sobre o que é seu. Se não sou capaz de tomar conta de mim, perco meus talentos e não me possuo mais. Quantas vezes você foi machucado nesta vida e pessoas lhe roubaram? Quando não me possuo, tenho dificuldade de ser para o outro, e corro o risco de não ser o que devo ser.
Estabeleça o seu limite. Seja firme!"
Pe Fabio de Melo
Eu tenho que ser eu. Uma pessoa só pode ser pessoa, se ela é dona de si. Nós temos que tomar posse do que somos. Quantas coisas você possui e ainda não tomou posse? O amor é a capacidade de descobrir no outro o que ele ainda não viu que tem. É como se você tivesse uma grande propriedade e não tivesse a capacidade de andar por ela para demarcá-la, e não a conhece na totalidade. Mas aos poucos vai sendo dono daquilo que já é seu.
Ser pessoa é ser dono de você mesmo, e saber lidar com seu jeito de ser, de amar, de sentir, de pensar, de ter suas limitações e saber o que você pode. Quantas vezes você se dispôs a ser o que não era, dizendo 'sim' onde era para dizer 'não'? Você não teve consciência do que não podia. É o que Jesus sempre fez com as pessoas. Fazendo-as tomarem posse do próprio território, de si mesmas. 'Eu sou dono de mim, e não abro mão'.
Quem é o 'prefeito' de sua 'cidade'? Tenha coragem de dizer aos inimigos: 'Aqui nesta cidade tem prefeito (eu), e aqui não tem lugar para os bandidos. Eu não abro mão do meu território'. E é aqui que Deus trabalha em nós para celebrar a Eucaristia, é para Deus que nos entregamos de novo. Eu sou pessoa, e me recebo de Deus o tempo todo. E Ele diz: "Cuide do que você é. Você não tem o direito de deixar as pessoas lhe roubar". E tem pessoas que te 'devolvem'. A experiência com Deus sempre diz: "Eu lhe devolvo".
Não tenha preguiça de conhecer seu 'território' e saber quem você é realmente. O total desconhecimento de si, não pode acontecer. A pessoa que não é 'pessoa', não tem assunto e sabe tudo o que acontece na vida do outro, mas não sabe de si mesma.
As pessoas que vivem preocupadas com as novelas da vida, se desgastam com pessoas que nem conhecem. Não é fácil compreender o território humano. Se investigar e conhecer o 'porquê' de algumas reações, o 'porquê' aquela raiva foi tão grande naquela hora, o 'porquê' eu explodi com aquela pessoa... É descobrir o 'porque' do afeto que tenho dentro de mim. Você deixa de ser explosiva demais quando toma posse do que é. Tudo isso porque você está em processo de construção. Deveríamos estar com placas dizendo: 'Estamos em obra, cuidado!' É o seu processo de 'feitura' de ser pessoa.
'Não tenha preguiça de conhecer seu ‘território’ e saber quem você é realmente'
Enquanto você viver haverá partes deste 'território' para conhecer. Tantas coisas nos foram entregues, mas se elas não vêm à tona, e nem as investigarmos, tudo o que temos dentro de nós fica sem uso. Quanta coisa preciosa você tem dentro de você e não sabe por quê fica só na superficialidade do conhecimento de si? Quando é que você sabe que uma pessoa se ama? Você só sabe que ela se ama quando ela se cuida, quando tem disciplina.
Que você não morra com seus valores ‘engavetados’, pois Deus lhe dá talentos para que você os use, e não para deixar guardado.
'Eu sou um dom de Deus'. Todos os dias há alguma coisa para você ir atrás e descobrir. Você se recebe de Deus, Ele que me deu esta obra todos os dias. Temos que ser bom naquilo que a gente faz para nos colocarmos à serviço dos que necessitam. Uma pessoa só é pessoa quando se disponibiliza aos outros. Aquilo que recebo de Deus coloco à disposição dos outros. E nisso temos a integração de uma personalidade saudável.
Ser pessoa não é só contemplar o que sou e tenho de melhor, mas ser pessoa é descobrir e cultivar o que tenho de melhor para que outros sejam beneficiados. Como Jesus fazia o tempo todo em sua capacidade de se doar e ensinar, é preciso se doar também. É necessário tomar cuidado para outra pessoa não tomar posse do que você é, pois a partir daí você não terá mais domínio sobre o que é seu. Se não sou capaz de tomar conta de mim, perco meus talentos e não me possuo mais. Quantas vezes você foi machucado nesta vida e pessoas lhe roubaram? Quando não me possuo, tenho dificuldade de ser para o outro, e corro o risco de não ser o que devo ser.
Estabeleça o seu limite. Seja firme!"
Pe Fabio de Melo
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terça-feira, 1 de junho de 2010
Desafeto
Não quero mais o encaixe de tudo, o perfume da pele, a carícia dos dedos. Não creio mais em noites acesas, em madrugadas intensas, em manhãs de luxúria. Tudo é fome e desejo de saciedade. Tudo é espera por sabores novos. Displicência de afetos, perda de tempo, sexo sem vontade.
Não quero mais sensações de eternidade, abraços pra sempre, sussurros de amor. Creio em frases desacompanhadas, em palavras cruas, textos sem autor. Tudo é falta de comprometimento, tudo é vácuo, vazio, relento. Tudo é falta de rumo, um peito apertado, tristeza sem dor..."
Marla de Queiroz
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Sou dona de mim
"Eu sou eu. Em todo o mundo não há ninguém igual a mim.
Há pessoas que têm alguns talentos iguais aos meus,
Mas a natureza de ninguém se compara a minha.
Por essa razão, tudo que sai de mim é meu de verdade, porque eu sozinha fiz a escolha.
Sou dona de tudo o que diz respeito a mim.
Meu corpo, inclusive tudo o que ele faz;
minha mente e inclusive todos os seus pensamentos e idéias.
Meus olhos, inclusive as imagens de tudo o que contemplam.
Meus sentimentos, seja quais forem, raiva, alegria, frustração, amor, desengano, excitação.
Minha boca e todas as palavras que dela provém,
gentis, doces ou ásperas, próprias ou impróprias;
Minha voz, ruidosa ou suave; e todas as minhas atitudes, com os outros ou comigo mesma.
Sou dona de minhas fantasias, meus sonhos, minhas esperanças, meus temores.
Sou dona de todos os meus triunfos e sucessos, de todos os meus fracassos e erros.
Porque sou dona de mim, sei o que se passa em meu íntimo.
Então, gosto de mim e sou afetuosa comigo em tudo que me diz respeito.
Desse modo, possibilito a mim trabalhar como um todo para o meu bem.
Sei que há em mim alguns aspectos que não conheço,
mas enquanto eu for terna e afetuosa comigo mesma, poderei com coragem e esperança, procurar soluções para os enigmas e meios de descobrir mais sobre mim.
Seja como for que eu pareça e me comporte, o que quer que diga e faça,
pense e sinta em dado momento, tudo isso sou eu.
É autêntico e representa onde estou neste exato momento.
Quando mais tarde recordo como pareci e me comportei,
o que disse e fiz e pensei e senti, talvez algumas partes revelem-se inadequadas...
Jogo fora o que não me serve,
guardo o que foi aprovado e invento algo novo para substituir o que descartei.
Vejo, ouço, sinto, penso, falo e faço.
Tenho as ferramentas para sobreviver, para ficar perto dos outros,
para ser criativa e compreender o mundo das pessoas e as coisas fora de mim.
Sou dona de mim!!!"
Virginia Satir
Há pessoas que têm alguns talentos iguais aos meus,
Mas a natureza de ninguém se compara a minha.
Por essa razão, tudo que sai de mim é meu de verdade, porque eu sozinha fiz a escolha.
Sou dona de tudo o que diz respeito a mim.
Meu corpo, inclusive tudo o que ele faz;
minha mente e inclusive todos os seus pensamentos e idéias.
Meus olhos, inclusive as imagens de tudo o que contemplam.
Meus sentimentos, seja quais forem, raiva, alegria, frustração, amor, desengano, excitação.
Minha boca e todas as palavras que dela provém,
gentis, doces ou ásperas, próprias ou impróprias;
Minha voz, ruidosa ou suave; e todas as minhas atitudes, com os outros ou comigo mesma.
Sou dona de minhas fantasias, meus sonhos, minhas esperanças, meus temores.
Sou dona de todos os meus triunfos e sucessos, de todos os meus fracassos e erros.
Porque sou dona de mim, sei o que se passa em meu íntimo.
Então, gosto de mim e sou afetuosa comigo em tudo que me diz respeito.
Desse modo, possibilito a mim trabalhar como um todo para o meu bem.
Sei que há em mim alguns aspectos que não conheço,
mas enquanto eu for terna e afetuosa comigo mesma, poderei com coragem e esperança, procurar soluções para os enigmas e meios de descobrir mais sobre mim.
Seja como for que eu pareça e me comporte, o que quer que diga e faça,
pense e sinta em dado momento, tudo isso sou eu.
É autêntico e representa onde estou neste exato momento.
Quando mais tarde recordo como pareci e me comportei,
o que disse e fiz e pensei e senti, talvez algumas partes revelem-se inadequadas...
Jogo fora o que não me serve,
guardo o que foi aprovado e invento algo novo para substituir o que descartei.
Vejo, ouço, sinto, penso, falo e faço.
Tenho as ferramentas para sobreviver, para ficar perto dos outros,
para ser criativa e compreender o mundo das pessoas e as coisas fora de mim.
Sou dona de mim!!!"
Virginia Satir
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